24 agosto 2010

Maria do Rosário Pedreira

nada entre nós tem o nome da pressa.

conhecemo-nos assim, devagar, o cuidado

traçou os seus próprios labirintos. sobre a pele

é sempre a primeira vez que os gestos acontecem. porém,



se se abrir uma porta para o verão, vemos as mesmas coisas –

o que fica para além da planície e da falésia; a ilha,

um rebanho, um barco à espera de partir, uma palavra

que nunca escreveremos. entre nós



o tempo desenha-se assim, devagar.

daríamos sempre pelo mais pequeno engano.

1 comentário:

harvest disse...

não dei eu pelo mais pequeno engano